O Silêncio que o Mahjong Me Ensinou

Não vim aqui para vencer. Vim para ouvir. As peças nunca mentiram. Quando o sistema me marcou por ‘jogo excessivo’, não era por pontos — era porque parei de correr. Naquela noite, escrevi — não por visualizações, mas porque o silêncio se tornou mais alto que qualquer recompensa. Cresci com uma mãe irlandesa que assobiava velhas melodias sobre chá e um pai negro que entalhava histórias na madeira. Neste apartamento — andar térreo, sem crianças — o único companheiro é um gato chamado ‘墨.’ Ela me observa jogar como se fosse liturgia. Cada mão é uma respiração. Cada espera entre jogadas, uma oração.