A Noite em que Fui Banido

Não vim aqui para vencer. Vim porque as peças sussurravam quando ninguém via. Naquela noite, minha conta foi suspensa — não por trapa, nem por ganhar muito, mas por escrever 1200 palavras no silêncio entre mãos: palavras que não cabiam em nenhum algoritmo, recompensa ou “honor” que tentaram vender-me como jogador. Sentado sozinho no andar do meu apartamento em Manhattan, a luz cinza-azul escorria pelas persianas como o crepúsculo sobre um livro antigo. Meu gato, ‘墨’, enroscado ao lado — silencioso, observador, imune a bônus ou estrias. Ela sabia que eu não estava aqui por lucro.